Sobre Fazer 18 Anos

18:51


Quando me olho no espelho, fico pensando em quantas coisas eu já vivi. Tristezas, mágoas, decepções, mas também alegrias, momentos de paz e de amor. Quantas pessoas já não entraram e saíram da minha vida e quantas ainda não o farão. Um ou dois amores no passado, mas marcas que serão eternas. Lembro-me das noites de silêncio em que eu era capaz de sentir meu espírito, mas também me lembro das tardes em que a única coisa que ouvia era a doce risada da minha mãe.

Me sinto insegura em pensar o que o futuro poderá me reservar. Será que serei feliz? Será que amarei minha profissão? Será que meus amigos ainda continuarão comigo? Espero ser uma mulher, uma grande mulher, mas ao mesmo tempo uma doce menina, que é capaz de enxergar na vida uma inocência e pureza que somente as crianças conseguem ver. A verdade é que, independentemente do que eu me torne, eu quero ser eu mesmo.

Quero estar sempre ao lado daqueles que me fazem bem, com quem consigo aprender coisas que jamais saberia sozinha. Quero andar com quem queira estar comigo e com quem apenas é em sua mais pura essência. O tempo passará, mas sinto que tudo sempre será novidade e que quando as coisas começarem a enjoar, alguma força dentro de mim me fará recomeçar, sentir-me como no primeiro amor.

Que os sonhos nunca me abandonem, assim como eu nunca os abandonarei. Que a graça divina me acompanhe por onde eu for. Que eu viva, ame, sorria, chore, pule, grite, cante, mas que todas essas reações sempre sejam espontâneas, vindas de dentro da minha alma para que, quando eu partir, todos se lembrem não do que eu fiz, mas de quem eu fui e de quem sempre serei no coração daqueles que um dia amei.


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